Wall-E é a nova animação da Pixar. Elogiar o padrão de qualidade deles já se tornou um clichê. Fica evidente que cada passo, cada linha e bit de um filme da Pixar é minuciosamente planejado, avaliado e experimentado à exaustão. Wall-E, assim como todos os trabalhos anteriores, não deixa margem para críticas. Desde a idéia inicial até a renderização final.
A qualidade maior de Wall-E, no entanto, não se encontra na competência técnica da Pixar, mas em sua preocupação em respeitar a inteligência do espectador. E, por espectador, não me refiro apenas às crianças. Wall-E é animação para todas as idades.
Neste filme, eles escolheram beber da fonte mais revolucionária e competente da história do cinema. Charles Chaplin. Sim, Wall-E é a personificação (ou seria automatização?) do personagem vagabundo de Chaplin. Os sentimentos puros e simples do robô solitário. Sua entrega desastrosa a uma paixão inocente por EVA, a robô avançada, por quem ele não mede sacrifícios. Momentos de humor pastelão, seguidos de cenas quase poéticas.
A crítica social também está presente, com a denunciada desumanização e descaso com o meio ambiente. Chaplin era crítico ferrenho dos males da industrialização da primeira metade do século XX. Não faltou nem a ridicularização da autoridade, com os chutes na bunda do policial.
Existe um tom feliz e esperançoso no final do filme. Há quem o critique por isso. Afinal, um filme sobre a destruição do planeta não deveria terminar de uma forma mais contundente?
Minha opinião pessoal? Não. A esperança não desqualifica a denúncia.
Se você estava em dúvida, não é do tipo “chato que não gosta de desenho animado” ou mesmo o “chato que só assiste a animes”, pode ir tranqüilo... ou tranqüila. Wall-E é bom cinema.
Tanto quanto era Chaplin.
A qualidade maior de Wall-E, no entanto, não se encontra na competência técnica da Pixar, mas em sua preocupação em respeitar a inteligência do espectador. E, por espectador, não me refiro apenas às crianças. Wall-E é animação para todas as idades.
Neste filme, eles escolheram beber da fonte mais revolucionária e competente da história do cinema. Charles Chaplin. Sim, Wall-E é a personificação (ou seria automatização?) do personagem vagabundo de Chaplin. Os sentimentos puros e simples do robô solitário. Sua entrega desastrosa a uma paixão inocente por EVA, a robô avançada, por quem ele não mede sacrifícios. Momentos de humor pastelão, seguidos de cenas quase poéticas.
A crítica social também está presente, com a denunciada desumanização e descaso com o meio ambiente. Chaplin era crítico ferrenho dos males da industrialização da primeira metade do século XX. Não faltou nem a ridicularização da autoridade, com os chutes na bunda do policial.
Existe um tom feliz e esperançoso no final do filme. Há quem o critique por isso. Afinal, um filme sobre a destruição do planeta não deveria terminar de uma forma mais contundente?
Minha opinião pessoal? Não. A esperança não desqualifica a denúncia.
Se você estava em dúvida, não é do tipo “chato que não gosta de desenho animado” ou mesmo o “chato que só assiste a animes”, pode ir tranqüilo... ou tranqüila. Wall-E é bom cinema.
Tanto quanto era Chaplin.
Um comentário:
AMEIIIIIIIIIIII O SEU POST.
Não só por gostar muito de animação, mas por gostar do que você escreve e de como escreve.
Quando crescer já sei em quem me espelhar.
HAHAHHAHAHAHAHHA BJOCA WARRRRRRRRRRRTI
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